Em tudo na vida, é necessário definirmos objectivos para o que fazemos ou criamos. Desta forma, decidi deixar o cariz "light" deste blog e passar a utilizá-lo como meio de catarse para o que mais remoe na minha consciência. Com uma vaga esperança de ser acompanhado e, quiçá, apoiado, assim se seguem uma série de reflexões sobre o que vai mal na nossa sociedade (digo açoreana), pretendendo dar voz a uma luta que se apresenta urgente.
PARTE I:
Os Pseudo-Famosos e Novos "Ricos"Se forem leitores àvidos de publicações como a revista
Açores ou o suplemento "Social" da revista
Saber Açores, poderão constatar que, semana sim semana não, surgem umas caras a quem o nosso "povão" teima em apelidar de
celebridades. Pois bem, com o devido respeito pelos referidos periódicos, eu prefiro denomina-los de
pseudo-famosos.
Estes indivíduos provocam-me especial "espécie" por, duma forma mais ou menos ambígua ou mesmo ridícula, ter-lhes sido granjeado alguma atenção mediática. Assim que a agarram, passeiam-se por aí, quais pavões, gabando-se do facto e/ou irritando ouvidos alheios como se o mundo tivesse de lhes prestar algum tipo de aprovação (ou repúdio, diga-se desde já).
Mas não é aqui que reside o busílis. O que perturba mais a ordem natural das coisas é o facto de a sociedade girar, tal como um círculo vicioso, à volta destes indivíduos: eles ocupam, imediatamente, os melhores lugares nas empresas e instituições, as quais criam concursos públicos fantasmas; põem e dispõem ao sabor das suas conveniências e amizades; a comunicação social faz trinta por uma linha para os referir num artigo ou peça televisiva, sem que estes pseudo-famosos se ralem — bem ou mal, o que importa é que sejam referidos. E a lista continua...
Aposto que perguntam: "mas QUEM? de QUEM falas?". Não preciso responder nem citar nomes, eles estão aí, bastante evidentes e em diversas formas: jornalistas, assessores de imprensa, comentadores, professores, médicos, sociólogos, psicólogos, assistentes sociais, autarcas, empresários,
and so on, and so on.... Espero é que exista uma data para a sua extinção. Lá estarei, na primeira fila da plateia.