Wednesday, October 26, 2005

Arte para poucos gostos

Será a provocação elemento indissociável da arte? Para Erwin Olaf, fotógrafo holandês, a resposta é «Sim, e com a maior das intenções!»

Segundo o artista, cujo portfolio caracteriza-se por uma visão "aberrante" da realidade, a fotografia é o veículo pelo qual, e citando-o, «Quero desafiar as pessoas com as minhas fotos. Pretendo transformá-las interiormente, fazê-las pensar».

Na verdade, esta intenção encontra-se plenamente patente nas várias séries fotográficas de Olaf, que incluem nus, orgias sadomasoquistas e retratos. Contudo, pretendo destacar Royal Blood, um conjunto destinado a relançar o debate sobre o fascínio público pela fama e violência, utilizando para tal a representação de celebridades que conheceram um final trágico e/ou violento. De entre os oito retratos que compõem a série, destaco abaixo Di: a figura de uma sósia de Diana, numa pose em pleno contraste com as que tornaram famosa a Princesa de Gales, repleta de maquilhagem soturna e ostentando, na carne do seu braço esquerdo, o logotipo da Mercedes:



Deixo aqui a ligação para o site oficial de Erwin Olaf, onde poderão percorrer e conhecer todo o espólio do artista. No entanto, não resisto em colocar neste post as restantes sete fotos que constituem Royal Blood. Provocantes, sangrentas, de mau gosto ou o que mais lhes quiserem alcunhar, são imagens cuja extrema beleza estética cativaram-me desde a primeira vez que deitei a minha visão sobre elas. Deleitem-se ou horripilem-se.


Czarina Alexandra



Julio César



Jackie Kennedy



Ludwig Van Beethoven



Maria Antonieta



Imperatriz Sissi


~
Pompeia