Novas Experiências

Para aqueles poucos que acompanham este Diário (e resolvo incluir os meus amigos mais próximos mas que não lêem este blog — não se arreliem, estão perdoados, todos disfrutamos do direito de ser um bocadinho "distraídos"!), não é segredo para ninguém desse universo que sou um autêntico fanático por Banda Desenhada (BD, para abreviar). Do mais acessível ("Astérix, O Gaulês", "Tintim", "Mafalda", etc.) até ao completamente surreal e geograficamente longínquo ("Akira", "Sky Doll", "Sin City", entre outros), devoro todos aqueles álbuns como se não houvesse amanhã. É um hábito que nutro desde tenra idade, e o bichinho de ler histórias em quadradinhos nunca me largou — bem pelo contrário, penso que já deve ter ganho braços, pernas e mede muito mais que o meu metro e oitenta de altura.

No entanto, e depois de anos de dedicação à 9ª arte, é tão bom quando nos surpreendemos a ler um livro de BD. Sobretudo, se tal acontecer de forma fortuita. Foi o que me aconteceu este fim-de-semana: decidi-me a rever toda a minha biblioteca do Astérix, escolhendo como "banda sonora" dessa leitura, sem qualquer critério ou padrão, o CD dos Enigma «Le Roi Est Mort, Vive Le Roi». E digo-vos que absorvi aquelas tiras desenhadas como se de uma primeira vez se tratasse. As histórias fluiram de forma diferente ao som das vozes de Michael e Sandra Cretu, os responsáveis pelo projecto musical acima referido. Por momentos, reflecti: "Eh lá!, isto até parece que foi concebido em conjunto!". Mas não: as aventuras do irredutível gaulês já possuem umas bonitas 47 primaveras de existência, e os Enigma estão em actividade há cerca de uma década e meia.

E como da primeira vez é inesquecível, toca a fazer a experiência com outra colecção. Virei-me para a mistura de Akira com Evanescence e eis novas sensações nunca antes vividas por este vosso escriba. Simplesmente delicioso. É desta que fico mesmo viciado. E não há Paulos Coelhos nem Margaridas Rebelos Pintos que me demovam da "literatura desenhada"...