Ainda no sentido dos blogs mais curiosos concebidos por portugueses, o SAPO elaborou uma página dedicada à faceta mais caricata e humorística das campanhas autárquicas que "correm", presentemente, pelo nosso país.
Autárquicas em Cartaz é o título do blog, e é deveras hilariante.
Tuesday, September 27, 2005
Thursday, September 22, 2005
Blogs Visitados Recentemente
Definitivamente, isto dos blogs tem mais vantagens do que a própria Internet. Rimos, relectimos, aprendemos, etc. E, segundo esta ordem de sentimentos, aqui estão alguns dos melhores blogs que tive o privilégio de encontrar durante as minhas vagas pesquisas:
Gente Mesmo Mesmo Feia: este está demais!!! E permite a interactividade com os seus visitantes!
Webcedário: blog dedicado às letras, essas nossas amigas...
Objectos: blog semelhante ao anterior, mas este debruça-se sobre as idiossincrasias dos objectos comuns do nosso dia-a-dia. Imperdível.
A Razão Tem Sempre Cliente: blog repleto de sarcasmo e ironia, cujo autor não perdoa nada nem ninguém (é verdade, nem o rato do vosso PC escapa...).
Um Olhar Sobre...: blog dedicado à fotografia, um dos melhores dedicados ao assunto em toda a blogosfera.
Gente Mesmo Mesmo Feia: este está demais!!! E permite a interactividade com os seus visitantes!
Webcedário: blog dedicado às letras, essas nossas amigas...
Objectos: blog semelhante ao anterior, mas este debruça-se sobre as idiossincrasias dos objectos comuns do nosso dia-a-dia. Imperdível.
A Razão Tem Sempre Cliente: blog repleto de sarcasmo e ironia, cujo autor não perdoa nada nem ninguém (é verdade, nem o rato do vosso PC escapa...).
Um Olhar Sobre...: blog dedicado à fotografia, um dos melhores dedicados ao assunto em toda a blogosfera.
Tuesday, September 20, 2005
OK, é oficial...
...que a TV portuguesa está em constante e vertiginoso declínio. Quando o pior já tinha passado com o anúncio, pela TVI, do encerramento do «reality show» A QUINTA DAS CELEBRIDADES e com o fim da estação quente do ano e consequente terminus do MORANGOS COM AÇÚCAR de Verão, o 4º canal público português consegue, numas meras 24 horas, arrasar de vez a inteligência e bom gosto dos espectadores nacionais.
No Domingo, a parada de celebridades freak de 1ª COMPANHIA,

que não só mostra o desespero das individualidades presentes no programa por dinheiro e visibilidade como demonstra, pelo seu envolvimento nesta abespinhada televisiva, que as Forças Armadas Portuguesas estão mal, uma situação que justifica toda e qualquer manif que lhes passar pela cabeça efectuar, deixou-me com alguma azia.
Na Segunda, foi a altura da "sitcom" AB...SEXO. Começando pelo nome rídiculo até à forma como o tema foi abordado durante hora e meia, uma tal Dra. Marta Crawford explicou, em tom humoroso, tudo o que o português comum deve saber sobre sexo oral, apresentando como suporte visual algumas das maiores trampas em forma de filme alguma vez dadas a conhecer ao público cinéfilo nos últimos anos (falo de OH NÃO! MAIS UM FILME DE ADOLESCENTES, A COISA MAIS DOCE, etc.), este programa fez suscitar em mim o desejo de ir comprar barbitúricos.
Só de pensar no que poderá vir a seguir, até começo a ter sintomas de gastrocolite... E o facto de um grupo espanhol pretender adquirir a TVI, não abona muito a favor de nuestros hermanos.
No Domingo, a parada de celebridades freak de 1ª COMPANHIA,

que não só mostra o desespero das individualidades presentes no programa por dinheiro e visibilidade como demonstra, pelo seu envolvimento nesta abespinhada televisiva, que as Forças Armadas Portuguesas estão mal, uma situação que justifica toda e qualquer manif que lhes passar pela cabeça efectuar, deixou-me com alguma azia.
Na Segunda, foi a altura da "sitcom" AB...SEXO. Começando pelo nome rídiculo até à forma como o tema foi abordado durante hora e meia, uma tal Dra. Marta Crawford explicou, em tom humoroso, tudo o que o português comum deve saber sobre sexo oral, apresentando como suporte visual algumas das maiores trampas em forma de filme alguma vez dadas a conhecer ao público cinéfilo nos últimos anos (falo de OH NÃO! MAIS UM FILME DE ADOLESCENTES, A COISA MAIS DOCE, etc.), este programa fez suscitar em mim o desejo de ir comprar barbitúricos.
Só de pensar no que poderá vir a seguir, até começo a ter sintomas de gastrocolite... E o facto de um grupo espanhol pretender adquirir a TVI, não abona muito a favor de nuestros hermanos.
Por esta, não esperava eu...
A pesquisa foi bem conduzida, e tudo leva a crer que essa "praga" auto-intitulada de grupo musical, os DZR'T, não são o conjunto tão "original" da música portuguesa que eloquentemente alguns media portugueses os têm apelidado.
Visitem este site e verão do que estou a falar. Cliquem já, agora, neste momento. Não se vão arrepender.
Visitem este site e verão do que estou a falar. Cliquem já, agora, neste momento. Não se vão arrepender.
Breves palavras
Perdoem-me aqueles meus amigos que defendem, com unhas e dentes, a actual gestão camarária de Ponta Delgada mas, será impressão minha ou cada vez mais é evidente que nada de verdadeiramente relevante foi realizado durante os últimos quatro anos na nossa cidade?
Aparentemente, o slogan "Mãos à obra" significava a implementação dos mini-bus na nossa cidade (que não cumpriu o seu objectivo principal, ou seja, é utilizado maioritariamente por quem não tem carro e aumentou a situação de caos permanente do tráfego no centro de PDL) e o Projecto Anima (a animação de qualidade só está ao alcance de alguns e a animação para o "povão" é de fraco calibre).
Sim, eu sei, as eleições autárquicas aproximam-se e torna-se moda falar mal de quem detém, presentemente, o poder. Contudo, tenho sido crítico da presidência da Dra. Berta Cabral desde muito cedo, quatro anos recheados de dinheiro esbanjado em projectos megalómanos, actividades "para inglês ver" e ineficácia na resolução de problemas prementes no nosso concelho.
E, pelo que já se pode ver pelo programa autárquico do PSD, as coisas não se mostram bem encaminhadas para um final feliz...
Aparentemente, o slogan "Mãos à obra" significava a implementação dos mini-bus na nossa cidade (que não cumpriu o seu objectivo principal, ou seja, é utilizado maioritariamente por quem não tem carro e aumentou a situação de caos permanente do tráfego no centro de PDL) e o Projecto Anima (a animação de qualidade só está ao alcance de alguns e a animação para o "povão" é de fraco calibre).
Sim, eu sei, as eleições autárquicas aproximam-se e torna-se moda falar mal de quem detém, presentemente, o poder. Contudo, tenho sido crítico da presidência da Dra. Berta Cabral desde muito cedo, quatro anos recheados de dinheiro esbanjado em projectos megalómanos, actividades "para inglês ver" e ineficácia na resolução de problemas prementes no nosso concelho.
E, pelo que já se pode ver pelo programa autárquico do PSD, as coisas não se mostram bem encaminhadas para um final feliz...
Tuesday, September 13, 2005
O Melhor Spot TV do Verão
«OLÁ - RITMO DO VERÃO" foi, para mim, o melhor spot publicitário que passou nas nossas televisões durante a estação que agora finda.

Contando como rosto desta campanha Zezé Camarinha, figura incontornável dos 'gigolos' algarvios (e do resto do país, diga-se de passagem), e o seu inglês muito peculiar que rapidamente passou a fazer parte do nosso vocabulário ("thank you very nice"), trata-se duma forte aposta dos Gelados Olá para aumentar ainda mais as vendas dos seus produtos durante a Verão - uma estratégia que, em minha opinião, só peca por duas razões: não ter surgido logo no início da época balnear e por aumentar, de forma significativa, a sazonalidade do consumo de Cornetos e Magnums.
O spot que destaco neste post pode ser visto aqui, contando ainda com a opção de download.
E não se esqueçam: "six o'clock on the esplanaide!".
Contando como rosto desta campanha Zezé Camarinha, figura incontornável dos 'gigolos' algarvios (e do resto do país, diga-se de passagem), e o seu inglês muito peculiar que rapidamente passou a fazer parte do nosso vocabulário ("thank you very nice"), trata-se duma forte aposta dos Gelados Olá para aumentar ainda mais as vendas dos seus produtos durante a Verão - uma estratégia que, em minha opinião, só peca por duas razões: não ter surgido logo no início da época balnear e por aumentar, de forma significativa, a sazonalidade do consumo de Cornetos e Magnums.
O spot que destaco neste post pode ser visto aqui, contando ainda com a opção de download.
E não se esqueçam: "six o'clock on the esplanaide!".
Sunday, August 28, 2005
Pulgas e baratas...
A edição de 27 de Agosto de 2005 do Açoriano Oriental teve, como manchete, a revelação de que as barracas do Campo de São Francisco têm sido atacadas, em pleno século XXI, por pulgas e baratas, situação provocada pela ausência de higiene durante e após as horas de funcionamento dos estaminés.
De quem será a culpa? Da falta de civismo dos cidadãos? Do não assumir de responsabilidades autárquicas? Da falta de condições do Campo para acolher este tipo de acontecimento?
Uma certeza tenho: nem tão cedo volto a pôr os pés no recinto das "Noites de Verão"...
De quem será a culpa? Da falta de civismo dos cidadãos? Do não assumir de responsabilidades autárquicas? Da falta de condições do Campo para acolher este tipo de acontecimento?
Uma certeza tenho: nem tão cedo volto a pôr os pés no recinto das "Noites de Verão"...
Tuesday, August 23, 2005
Monday, July 25, 2005
Fazer polémica por desporto
Honestamente, cada vez mais tenho a sensação que as gentes do nosso arquipélago gostam de criar polémicas para seu puro entretenimento.
Esta irónica observação vem a propósito da polémica surgida há alguns meses atrás, acerca de algumas obras de renovação efectuadas no ilhéu de Vila Franca de Campo, nomeadamente um caminho de cimento que abrange o interior do rochedo e possibilita um acesso mais simples (em minha opinião) pelo local. Contudo, essas obras foram alvo de variadas críticas, sendo que a mais popular foi "não respeita o meio ambiente". O caso chegou mesmo a ir à barra do tribunal.
Bem... vejamos esta foto:

Estará a construção assim tão "desconchavada"? Verdade se diga que já não ia ao ilhéu fazia alguns anos, mas recordo-me de que antes, caminhar por entre os rochedos tinha o seu grau de dificuldade... E vendo pela cara dos turistas, até devem achar que faz todo o sentido. A imensidão de beleza da natureza do ilhéu é superior a uma simples obra de cimento que em nada empobrece este nobre local do nosso turismo.
Assim se passa o tempo nesta terra de "brandos e inconformados costumes"...
Esta irónica observação vem a propósito da polémica surgida há alguns meses atrás, acerca de algumas obras de renovação efectuadas no ilhéu de Vila Franca de Campo, nomeadamente um caminho de cimento que abrange o interior do rochedo e possibilita um acesso mais simples (em minha opinião) pelo local. Contudo, essas obras foram alvo de variadas críticas, sendo que a mais popular foi "não respeita o meio ambiente". O caso chegou mesmo a ir à barra do tribunal.
Bem... vejamos esta foto:

Estará a construção assim tão "desconchavada"? Verdade se diga que já não ia ao ilhéu fazia alguns anos, mas recordo-me de que antes, caminhar por entre os rochedos tinha o seu grau de dificuldade... E vendo pela cara dos turistas, até devem achar que faz todo o sentido. A imensidão de beleza da natureza do ilhéu é superior a uma simples obra de cimento que em nada empobrece este nobre local do nosso turismo.
Assim se passa o tempo nesta terra de "brandos e inconformados costumes"...
Friday, July 22, 2005
Que falta de originalidade...
Hoje experimentei a nova Fanta Maracujá, que entrou no nosso mercado depois de uma campanha publicitária criativa (sim, aquela dos mupis muito engraçados, com fundo laranja-avermelhado, umas imagens etnográficas, etc.), para sentir por momentos que, em vez da dita novidade, tinha comprado uma Kima de maracujá, bebida fabricada pela nossa Melo Abreu.
Pois bem, é isso mesmo: o sabor das duas bebidas é praticamente idêntico. Se me pedissem para fazer um blind test dos dois produtos, garanto-vos que ficaria completamente "às aranhas" sobre qual é qual. Contudo, não posso deixar de frisar o esforço da Coca Cola Company em querer roubar a clientela de um produto considerado genuinamente regional. Estão sempre cheios de marketing, estes senhores.
Certeza tenho é de que vou estar atento às opiniões dos outros sobre "o novo sabor que já chegou", citando o slogan presente nas ruas da nossa cidade...
Pois bem, é isso mesmo: o sabor das duas bebidas é praticamente idêntico. Se me pedissem para fazer um blind test dos dois produtos, garanto-vos que ficaria completamente "às aranhas" sobre qual é qual. Contudo, não posso deixar de frisar o esforço da Coca Cola Company em querer roubar a clientela de um produto considerado genuinamente regional. Estão sempre cheios de marketing, estes senhores.
Certeza tenho é de que vou estar atento às opiniões dos outros sobre "o novo sabor que já chegou", citando o slogan presente nas ruas da nossa cidade...
Sunday, July 10, 2005
Site recomendado — em prol da verdade...
Era Uma Vez um Arrastão, embora parecendo uma peça de jornalismo radical e acto de propaganda, levanta algumas questões inquietantes sobre a forma como os media nacionais lidam com os acontecimentos, ao mesmo tempo que defende que «nunca existiu um "arrastão" na praia de Carcavelos no dia 10 de Junho de 2005» e que «pretendeu-se criar um clima de medo e, por conseguinte, gerador de comportamentos racistas e xenófobos». Vejam o vídeo disponível nesse site e tirem as vossas conclusões.
Os Principais Males da Nossa Sociedade - Parte II
PARTE II: Religião — objecto de culto ou costume mundano?
Sem querer participar da filosofia rainha da nossa era, que é a de que "Deus morreu", sou um autêntico confessor dos efeitos nefastos que a actual gestão das religiões do mundo tem no bem-estar dos homens e respectivas sociedades. Assim, e antes de dar início à minha dissertação, é necessário constatar dois factos: a), as religiões, para funcionarem no seu pleno, devem ser encaradas como filosofias de vida, anteprojectos para construir um modelo de existência capaz de enfrentar as normais adversidades do nosso dia-a-dia, e b), a certeza de que as maiorias dos símbolos religiosos (templos, livros, etc.) foram elaboradas por homens, impregnando-os de todas as virtudes e defeitos inerentes à nossa espécie.
Passando do geral para o particular, e falando da religião católica (dominante na sociedade portuguesa e sobre a qual me encontro mais informando), considero que todas as suas manifestações são uma das causas que contribuem para a decadência do nosso país e do nosso povo. Senão, vejamos:
- os líderes religiosos e outros com com ordens sacras apregoam, amiúde, as parábolas do filho pródigo e da ovelha tresmalhada — contudo, se algum "fiel" se desviar do caminho traçado pela Igreja, seja por que razão for, ninguém mexe uma palha para o reintegrar no seu "rebanho";
- a constante teimosia em se misturar sagrado com paganismo leva a que, de forma errónea, se considere que ambos estão interligados, originando-se situações e/ou comportamentos negativos cuja base de justificação recai em motivos religiosos;
- o fanatismo católico consegue ser, em minha opinião, mais prejudicial que o fanatismo islâmico. Enquanto estes colocam bombas e fazem ataques suicidas com aviões, semeando terror e colhendo vidas inocentes por motivos mais políticos que religiosos*, os católicos são capazes de destruir psicologicamente, e invocando o nome de Deus e os dogmas da Igreja, as vidas daqueles que lhes são mais próximos;
- uma missa é considerada um acto de união, onde os homens de reunem com Deus, de modo a partilhar a sua fé e a sua alegria(?) por pertencerem a uma comunidade — no entanto, a eucaristia dominical, salvo raras excepções, são muito semelhantes a uma celebração fúnebre;
- a constatação, por vezes, que a Igreja enceta uma exploração desmedida da ignorância e dos medos das pessoas;
- e, do ponto de vista da investigação sobre o tema, Herbert Haag, no prefácio do seu livro A Igreja Católica Ainda Tem Futuro?, afirma que Cristo não fundou nem quis fundar uma igreja (pág. 9 da edição portuguesa). Deste modo, nenhum dos cargos e sacramentos da Igreja têm fundamentos "divinos", tendo sido criados após a morte de Jesus e por "homens comuns e mortais", podendo os mesmos alterar o seu número e disposição quando assim bem o entenderem, certos de que possuem a "Verdade".
* ao fazer esta afirmação, não pretendo louvar nem concordar com os actos levados a cabo por organizações terroristas islâmicas. Quero demonstrar, reforçar mesmo, a influência que uma religião pode ter nos homens e nos seus comportamentos.
Concluindo, não pretendo aclamar que se deva extinguir as igrejas ou os cargos religiosos. A solução que proponho é que se encare os ensinamentos da Bíblia, do Corão ou do Dalai Lama como guias para uma coexistência pacífica entre os homens. Se estes livros e estas personalidades sagradas têm, de facto, algum tipo de influência divina, então por que razão as religiões provocam comportamentos de conflito, de agressividade e de separação entre os que nelas intervêm e, até, naqueles que delas se afastam?
Sem querer participar da filosofia rainha da nossa era, que é a de que "Deus morreu", sou um autêntico confessor dos efeitos nefastos que a actual gestão das religiões do mundo tem no bem-estar dos homens e respectivas sociedades. Assim, e antes de dar início à minha dissertação, é necessário constatar dois factos: a), as religiões, para funcionarem no seu pleno, devem ser encaradas como filosofias de vida, anteprojectos para construir um modelo de existência capaz de enfrentar as normais adversidades do nosso dia-a-dia, e b), a certeza de que as maiorias dos símbolos religiosos (templos, livros, etc.) foram elaboradas por homens, impregnando-os de todas as virtudes e defeitos inerentes à nossa espécie.
Passando do geral para o particular, e falando da religião católica (dominante na sociedade portuguesa e sobre a qual me encontro mais informando), considero que todas as suas manifestações são uma das causas que contribuem para a decadência do nosso país e do nosso povo. Senão, vejamos:
- os líderes religiosos e outros com com ordens sacras apregoam, amiúde, as parábolas do filho pródigo e da ovelha tresmalhada — contudo, se algum "fiel" se desviar do caminho traçado pela Igreja, seja por que razão for, ninguém mexe uma palha para o reintegrar no seu "rebanho";
- a constante teimosia em se misturar sagrado com paganismo leva a que, de forma errónea, se considere que ambos estão interligados, originando-se situações e/ou comportamentos negativos cuja base de justificação recai em motivos religiosos;
- o fanatismo católico consegue ser, em minha opinião, mais prejudicial que o fanatismo islâmico. Enquanto estes colocam bombas e fazem ataques suicidas com aviões, semeando terror e colhendo vidas inocentes por motivos mais políticos que religiosos*, os católicos são capazes de destruir psicologicamente, e invocando o nome de Deus e os dogmas da Igreja, as vidas daqueles que lhes são mais próximos;
- uma missa é considerada um acto de união, onde os homens de reunem com Deus, de modo a partilhar a sua fé e a sua alegria(?) por pertencerem a uma comunidade — no entanto, a eucaristia dominical, salvo raras excepções, são muito semelhantes a uma celebração fúnebre;
- a constatação, por vezes, que a Igreja enceta uma exploração desmedida da ignorância e dos medos das pessoas;
- e, do ponto de vista da investigação sobre o tema, Herbert Haag, no prefácio do seu livro A Igreja Católica Ainda Tem Futuro?, afirma que Cristo não fundou nem quis fundar uma igreja (pág. 9 da edição portuguesa). Deste modo, nenhum dos cargos e sacramentos da Igreja têm fundamentos "divinos", tendo sido criados após a morte de Jesus e por "homens comuns e mortais", podendo os mesmos alterar o seu número e disposição quando assim bem o entenderem, certos de que possuem a "Verdade".
* ao fazer esta afirmação, não pretendo louvar nem concordar com os actos levados a cabo por organizações terroristas islâmicas. Quero demonstrar, reforçar mesmo, a influência que uma religião pode ter nos homens e nos seus comportamentos.
Concluindo, não pretendo aclamar que se deva extinguir as igrejas ou os cargos religiosos. A solução que proponho é que se encare os ensinamentos da Bíblia, do Corão ou do Dalai Lama como guias para uma coexistência pacífica entre os homens. Se estes livros e estas personalidades sagradas têm, de facto, algum tipo de influência divina, então por que razão as religiões provocam comportamentos de conflito, de agressividade e de separação entre os que nelas intervêm e, até, naqueles que delas se afastam?
Thursday, July 07, 2005
Desventuras espaciais

No passado dia 4 do corrente mês, a comunidade científica regozijou-se pelo sucesso da missão Deep Impact, que conseguiu colocar uma sonda no cometa Tempel 1 de modo a estudar a composição química e geológica do astro, sendo possível aferir, por exemplo, os componentes primários da evolução do universo.
Embora sendo material de interesse, tudo não passa de uma mera curiosidade. Pensemos bem: o embate do Deep Impact no cometa custou à NASA e ao povo americano, no total, cerca de 330 milhões de dólares. Com as necessidades e dificuldades económicas que o nosso planeta enfrenta no panorama actual, qual o contributo que esta missão terá para as gerações futuras? Por outras palavras: caro leitor, em que é que tudo isto contribui para a minha, para a vossa e para a nossa felicidade?
Opiniões são bem-vindas...
Sunday, June 19, 2005
Subida ao pódio

Neste Domingo, 19 de Julho de 2005, fez-se história. Após tantos anos de paixão automobilística e de tentativas frustradas, finalmente vejo um português afirma-se numa das provas rainhas do desporto automóvel. Refiro-me, respectivamente, a Tiago Monteiro e à Fórmula 1.
Apesar dos eventos bizarros que antecederam a prova de Indianapolis, EUA, na qual 14 pilotos desistiram antes do sinal de partida alegando motivos de segurança, é de salientar a eficácia e segurança da condução de Tiago Monteiro, que se mostrou capaz de segurar o 3º lugar até ao fim da corrida, mesmo que estivesse a competir contra apenas mais cinco protótipos.
Depois de, na semana passada, Monteiro ter sido considerado o melhor rookie de sempre, esta subida ao pódio atirou-o para os olhos do mundo. Prenúncio de outros e altos vôos na F1?
Thursday, June 16, 2005
Os Principais Males da Nossa Sociedade - Parte I
Em tudo na vida, é necessário definirmos objectivos para o que fazemos ou criamos. Desta forma, decidi deixar o cariz "light" deste blog e passar a utilizá-lo como meio de catarse para o que mais remoe na minha consciência. Com uma vaga esperança de ser acompanhado e, quiçá, apoiado, assim se seguem uma série de reflexões sobre o que vai mal na nossa sociedade (digo açoreana), pretendendo dar voz a uma luta que se apresenta urgente.
PARTE I: Os Pseudo-Famosos e Novos "Ricos"
Se forem leitores àvidos de publicações como a revista Açores ou o suplemento "Social" da revista Saber Açores, poderão constatar que, semana sim semana não, surgem umas caras a quem o nosso "povão" teima em apelidar de celebridades. Pois bem, com o devido respeito pelos referidos periódicos, eu prefiro denomina-los de pseudo-famosos.
Estes indivíduos provocam-me especial "espécie" por, duma forma mais ou menos ambígua ou mesmo ridícula, ter-lhes sido granjeado alguma atenção mediática. Assim que a agarram, passeiam-se por aí, quais pavões, gabando-se do facto e/ou irritando ouvidos alheios como se o mundo tivesse de lhes prestar algum tipo de aprovação (ou repúdio, diga-se desde já).
Mas não é aqui que reside o busílis. O que perturba mais a ordem natural das coisas é o facto de a sociedade girar, tal como um círculo vicioso, à volta destes indivíduos: eles ocupam, imediatamente, os melhores lugares nas empresas e instituições, as quais criam concursos públicos fantasmas; põem e dispõem ao sabor das suas conveniências e amizades; a comunicação social faz trinta por uma linha para os referir num artigo ou peça televisiva, sem que estes pseudo-famosos se ralem — bem ou mal, o que importa é que sejam referidos. E a lista continua...
Aposto que perguntam: "mas QUEM? de QUEM falas?". Não preciso responder nem citar nomes, eles estão aí, bastante evidentes e em diversas formas: jornalistas, assessores de imprensa, comentadores, professores, médicos, sociólogos, psicólogos, assistentes sociais, autarcas, empresários, and so on, and so on.... Espero é que exista uma data para a sua extinção. Lá estarei, na primeira fila da plateia.
PARTE I: Os Pseudo-Famosos e Novos "Ricos"
Se forem leitores àvidos de publicações como a revista Açores ou o suplemento "Social" da revista Saber Açores, poderão constatar que, semana sim semana não, surgem umas caras a quem o nosso "povão" teima em apelidar de celebridades. Pois bem, com o devido respeito pelos referidos periódicos, eu prefiro denomina-los de pseudo-famosos.
Estes indivíduos provocam-me especial "espécie" por, duma forma mais ou menos ambígua ou mesmo ridícula, ter-lhes sido granjeado alguma atenção mediática. Assim que a agarram, passeiam-se por aí, quais pavões, gabando-se do facto e/ou irritando ouvidos alheios como se o mundo tivesse de lhes prestar algum tipo de aprovação (ou repúdio, diga-se desde já).
Mas não é aqui que reside o busílis. O que perturba mais a ordem natural das coisas é o facto de a sociedade girar, tal como um círculo vicioso, à volta destes indivíduos: eles ocupam, imediatamente, os melhores lugares nas empresas e instituições, as quais criam concursos públicos fantasmas; põem e dispõem ao sabor das suas conveniências e amizades; a comunicação social faz trinta por uma linha para os referir num artigo ou peça televisiva, sem que estes pseudo-famosos se ralem — bem ou mal, o que importa é que sejam referidos. E a lista continua...
Aposto que perguntam: "mas QUEM? de QUEM falas?". Não preciso responder nem citar nomes, eles estão aí, bastante evidentes e em diversas formas: jornalistas, assessores de imprensa, comentadores, professores, médicos, sociólogos, psicólogos, assistentes sociais, autarcas, empresários, and so on, and so on.... Espero é que exista uma data para a sua extinção. Lá estarei, na primeira fila da plateia.
Wednesday, May 04, 2005
Quarta-Feira, 4 de Maio de 2005
Hoje, o dia passou depressa. Sem grandes novidades, sem grandes sobressaltos, sem gargalhadas nem momentos depressivos. Um dia rápido e absolutamente normal.
Já em casa, enquanto "surfava" na net, tive a oportunidade de espreitar alguns excertos do novo livro de Chuck Palahniuk, escritor que se celebrizou por Fight Club, intitulado Haunted. Trata-se de uma colectânea de contos (ou short stories), sendo que a história que serve de apresentação, anteriormente publicada na edição de Março de 2004 da Playboy americana e no site do autor, de seu título «Guts», encontra-se já coberta por um cobertor de críticas, na medida em que a narrativa centra-se sobre uma série de acidentes relacionados com masturbação — sim, dediquei-me à sua leitura e é uma narrativa deveras escatológica!!!
Sempre orgulhoso do seu estilo minimalista, Palahniuk brindou os fãs, em várias cidades dos EUA, com uma leitura pública deste conto e, segundo o relatos que vêm do outro lado do Atlântico, os pormenores narrados causaram (literalmente) desmaios na assistência. Provavelmente, um arrojado golpe publicitário.
Atitudes constratantes com o espírito do dia que vivi hoje.
Já em casa, enquanto "surfava" na net, tive a oportunidade de espreitar alguns excertos do novo livro de Chuck Palahniuk, escritor que se celebrizou por Fight Club, intitulado Haunted. Trata-se de uma colectânea de contos (ou short stories), sendo que a história que serve de apresentação, anteriormente publicada na edição de Março de 2004 da Playboy americana e no site do autor, de seu título «Guts», encontra-se já coberta por um cobertor de críticas, na medida em que a narrativa centra-se sobre uma série de acidentes relacionados com masturbação — sim, dediquei-me à sua leitura e é uma narrativa deveras escatológica!!!
Sempre orgulhoso do seu estilo minimalista, Palahniuk brindou os fãs, em várias cidades dos EUA, com uma leitura pública deste conto e, segundo o relatos que vêm do outro lado do Atlântico, os pormenores narrados causaram (literalmente) desmaios na assistência. Provavelmente, um arrojado golpe publicitário.
Atitudes constratantes com o espírito do dia que vivi hoje.
Tuesday, May 03, 2005
Terça-Feira, 3 de Maio de 2005
A maioria de vocês sabe que, neste momento, estou a realizar um estágio, condição sine qua non para a conclusão do meu curso de Técnico de Comunicação. E hoje, pela primeira vez a contar do começo desta etapa, tive a sensação de trabalho realizado: o gráfico que me foi solicitado conceber está completo e aprovado (até pelos "chefes"), depois duma série, aparentemente interminável, de refazimentos do mesmo.
"Hás-de ganhar o pão pelo suor do teu rosto", disse Deus a Adão e, no meu caso, o sentimento deveras agradável que me preencheu tornou-se, para já, no melhor payoff que vivi nos últimos tempos. Hedonismos à parte...
Todavia, não deixo de dar voz ao meu saudosismo, dos tempos em que desenvolvia planos de estratégia criativa nas aulas de Publicidade, actividade essa que com tão grande satisfação me oferecia para realizar, e que permitiram fazer sair dos meus lábios frases como: "Sinto-me vivo".
"Hás-de ganhar o pão pelo suor do teu rosto", disse Deus a Adão e, no meu caso, o sentimento deveras agradável que me preencheu tornou-se, para já, no melhor payoff que vivi nos últimos tempos. Hedonismos à parte...
Todavia, não deixo de dar voz ao meu saudosismo, dos tempos em que desenvolvia planos de estratégia criativa nas aulas de Publicidade, actividade essa que com tão grande satisfação me oferecia para realizar, e que permitiram fazer sair dos meus lábios frases como: "Sinto-me vivo".
Monday, May 02, 2005
Religiosidades

Assim se concretizou mais um fim-de-semana dedicado às festividades do Senhor Santo Cristo dos Milagres — sem novidades, mas com grandes e renovadas demonstrações de fé.
Embora não tenha dedicado muito do meu tempo a visitar o Campo de São Francisco, pude constatar os acontecimentos do costume: a mortificação dos joelhos das promessas cumpridas, a procissão que agora se arrasta por 5 horas, o algodão doce que continua (para mim) intragável, os pequeninos que se perdem dos respectivos progenitores e que a cabine de som tão alegremente anuncia, a animação que a fanfarra dos Bombeiros provoca nos transeuntes, etc.
Só a minha convicção religiosa não muda, assim como o meu sentimento de indiferença face ao aspecto profano da festa.
Sinceramente, apesar da importância que esta data tem para a nossa região, cada vez mais o Santo Cristo me passa ao lado...
Sunday, May 01, 2005
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